Pregação do Pastor Expedito no acampamento 2008.2 da ICEF
TEMA: SANTIDADE É POSSÍVEL!
A SANTIFICAÇÃO DO HOMEM EM CRISTO
TEXTO: Romanos 6: 1-8:1-39
EXÓRDIO: “Agora, porém, libertados do pecado, transformados em servos de Deus, tendes o vosso fruto para a santificação, e por fim a vida eterna” (Romanos 6:22).
Salvação – Nova vida! A salvação é obra exclusiva de Cristo Jesus.
S Santificação – Novo caráter!
· A santificação é obra do Espírito Santo que em nós habita.
· Paulo, escrevendo aos Filipenses, nos capítulos 1 e 2 de sua carta, desafia-os para que desenvolvam a salvação como receita vitalizante para o progresso do Evangelho – “...desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor...” (Filipenses 2:12 b).
· Aqui Paulo apresenta o princípio mais prático da santificação, que é o processo da salvação.
· A santificação é abordada nas Escrituras como sendo o mais profundo desejo do coração de Deus para o salvo (1Tessalonicenses 4:3).
· A santificação não é uma opção de vida, é, todavia, a única alternativa para se ter uma vida vitoriosa no cotidiano da experiência cristã.
· O crente é salvo para ser santo, e esta santificação deve começar logo no princípio de sua vida cristã, e perdurar num processo crescente até a vinda do Senhor Jesus Cristo (1 Tessalonicenses 3:13), quando atingiremos a fase final da perfeição em Cristo.
· Os ensinamentos expositivos dos capítulos 6, 7 e 8 de Romanos oferecem-nos o alicerce para um viver santo mediante a união com Cristo em sua morte e ressurreição.
· A SANTIFICAÇÃO – (haguiasmós), que significa a s-e-p-a-r-a-ç-ã-o do mal para um viver de retidão na presença de Deus.
· O termo “Santo” postula valores éticos, como expressão da santidade de Deus.
· A expressão hebraica Adonai Kadosh (O Senhor é Santo) denota o contraste entre o santo e o profano.
· Para facilitar nosso entendimento, a santificação é parte do plano de Deus para o crescimento espiritual do crente.
1. SANTIDADE EM NOVIDADE DE VIDA ( Romanos 6:4)
1.1. A Santificação trata da união com Cristo:
“Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida” (Romanos 6:4)
· A união com Cristo é fruto do abandono constante, sem reservas, do velho homem sem o conhecimento e temor a Deus, para um viver interior abundante.
· Quando alguém se torna cristão, passa a experimentar uma transformação radical ao ponto de desejar reproduzir o caráter de Cristo em sua vida.
· São conseqüências desta nova experiência de vida:
1.2. A Santificação trata da luta enérgica contra o pecado.
· No contexto de Romanos 6:1-2, Paulo conduz seus leitores a um sério questionamento.
· Paulo pergunta: “Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante?”.
· E o mesmo Paulo responde: “De modo nenhum!” ( Romanos 6:1,2 ).
· Esta resposta de Paulo anula todo e qualquer pensamento libertino; toda e qualquer tendência para o mal.
· O pecado foi e será para sempre o causador da desgraça humana, entretanto, todas as vezes que o homem tomar consciência de seus pecados e se dispor a confessá-los, Cristo Jesus está sempre pronto para cobri-los com o seu sangue a fim de perdoá-lo de todo pecado.
· O pecado é um engano, promete plena satisfação e destrói a alegria humana;
· O pecado é pernicioso, promete grandeza e alimenta o homem com falsa esperança;
· O pecado é ardiloso, insinua o prazer e despreza com a recompensa do sofrimento;
· O pecado é tendencioso, promete o bem e paga com o mal;
· O pecado é ganancioso, promete riquezas, e deixa na miséria;
· O pecado é destruidor, promete vida e causa a morte – “porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” ( Romanos 6:23 ).
2. SANTIDADE PARA IDENTIFICAÇÃO COM CRISTO:
· A Santificação trata da identificação genuína com Cristo.
· Para Deus mostrar sua misericórdia não há necessidade alguma da prática do pecado, como estímulo à graça de Deus.
· A graça de Deus opera no salvo independentemente da obra satânica do pecado, pois do poder do pecado fomos libertos para uma vida de profunda identificação com Cristo, e não para um viver contrário aos padrões de Deus (Romanos 6:3-4).
2.1. Fomos batizados em Cristo (Romanos 6:3).
· Batizados na sua morte E RESSURREIÇÃO!
· O teólogo F.F. Bruce acredita que fomos incorporados em Cristo, quando nos tornamos membros do seu corpo, a igreja;
· Bruce argumenta: “...e assim, por vossa união com ele pela fé, compartilhastes daquelas experiências que historicamente lhe pertenciam, sua crucificação e sepultamento, sua ressurreição e exaltação” - “Fostes incorporados nele, vos tornastes membros do seu corpo” (1 Coríntios 12:13)
2.2. Fomos sepultados com Cristo (Romanos 6:4).
· Esta é uma afirmação que diz respeito à doutrina bíblica do batismo nas águas, batismo por imersão.
· O sepultamento de Cristo foi a prova máxima de sua inequívoca morte física.
· O batismo nas águas simboliza o sepultamento do velho homem e todas as suas paixões carnais para uma nova vida de identificação com Cristo.
· Assim como Cristo tornou-se vitorioso sobre o pecado e sobre a morte, ressuscitando dentre os mortos, andemos nós em novidade de vida.
2.3. Fomos unidos com Cristo (Romanos 6:5).
· Na semelhança de sua morte!
· Mediante a morte de Cristo é possível se ter uma experiência de vida transformada, fazendo morrer a velha natureza para um novo caráter, com procedimentos fundamentados em padrões divinos.
· Na semelhança de sua ressurreição!
· Sendo Cristo as “primícias dos que dormem” , haveremos de ressuscitar em glória para uma semente incorruptível.
· Os que dormem em Cristo ressuscitarão primeiro e os que ficarem vivos, até o dia de Cristo, serão trasladados. (1 Coríntios 15:20; 1 Tessalonicenses 4:13).
3. SANTIDADE FAZ PARTE DA VONTADE DE DEUS:
3.1. Consciência absoluta de uma nova posição em Cristo:
· Paulo chama a atenção do novo homem em Cristo para uma vida conscienciosa fundamentada no profundo conhecimento dos novos valores para um viver santo.
· Um policiamento cuidadoso contra os perigos e concorrências que cercam a identidade do novo homem.
· Na concepção de Paulo o salvo tem a consciência da legitimidade desta nova fonte de valores –
· “Sabendo isto...” (Romanos 6:6);
· “Sabedores que...“ (Romanos 6:9);
· “Assim também considerai-vos...” (Romanos 6:11);
· “Não sabeis que...?” (Romanos 6:16).
· A palavra de Deus, a obra de Cristo e a instrumentalidade dos servos de Deus, não foram postas à disposição do salvo, apenas como fonte de pesquisa, mas sobretudo como arma ao seu alcance a fim de que ele possa honrar e defender a sua nova posição obtida pelos méritos de Cristo Jesus.
3.2. Características de quem já superou a carne do pecado:
· De modo nenhum! “Sabendo isto, que o nosso velho homem foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, para que não sirvamos mais ao pecado” (Romanos 6:6).
· “O velho homem” – Já foi crucificado com Cristo!
· A declaração aqui apresentada tem relação com a nossa nova natureza, antes escravizada pelo pecado, agora, porém, crucificada com Cristo. (Efésios 4:22; Colossenses 3:9).
· O conceito do velho homem está basicamente relacionado com o pecado original de Adão e a transferência de sua natureza corrupta para todos os homens, em todos os âmbitos da sociedade do mundo antigo até os dias de hoje.
· “O corpo do pecado” – Já foi destituído, ou seja, tornou-se impotente e toda a sua instrumentalidade para a obscenidade ficou sem efeito algum (Romanos 6:12-13);
· A não ser quando o novo homem em Cristo permite a ação dos antigos valores em sua vida, e esta não é a vontade de Deus para o salvo (1 Tessalonicenses 4:3; 1 João 2:1-2).
· Para que possamos resistir às tendências do corpo do pecado, que às vezes nos sobrevêm por meio da velha natureza, faz-se necessário dependermos de Deus e da força de seu Espírito, mediante a obra de santificação que assiste o salvo desde o momento de sua conversão.
· No tocante à vida vitoriosa, o salvo deve reconhecer que o velho homem, além de ter sido crucificado com Cristo, deve ser despojado dia a dia com suas paixões e desejos estimulados pelo pai da mentira e do engano, para renovar-se no Espírito a fim de que seja revestido do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade (Efésios 4:22-24).
3.3. Convicção de quem foi salvo para servir a Cristo
· Com prazer e determinação.
· A posição de servos de Deus é garantida pela perfeição da obra de Cristo Jesus – “Assim também, considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus” (Romanos 6:11).
· Sanbendo que a obra de Cristo nos motiva para serví-lo com alegria.